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SOLENIDADE
APNS lança livro em
Alagoas
Por: Helciane Angélica S. Pereira
Jornalista e Coordenadora Estadual
Nesta sexta-feira (30.07) a partir
das 19h, no auditório da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), acontecerá
a abertura do 1º Encontro Estadual de
Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNS) em Alagoas, com o lançamento do
livro “Caminho dos Agentes de Pastoral
Negros do Brasil: Para Além da História”.
O livro foi escrito
por dois ativistas que atuam há vários anos nos APNS, o jornalista e servidor
público Nuno Coelho (SP) e João Carlos Pio (MG) que é formado em Filosofia
e Teologia e atualmente é mestrando em educação na PUC/MG. A produção
bibliográfica contou com o patrocínio da Coordenadoria dos Assuntos da
População Negra (CONE) do Estado de São Paulo.
"Esse livro é uma oportunidade feliz de fazer
perpetuar na história do Brasil, tudo aquilo que os APNs, ajudaram a fazer em
favor do povo negro brasileiro ao longo de seus 27 anos de Fé e Luta. E
retornar a Alagoas para lançar esse livro é fazer uma ponte entre a terra de
Zumbi e a luta dos APNs favor de uma democracia justa e solidária com
igualdade de direitos", afirmou Nuno Coelho, coordenador nacional dos
APNS.
Para
abrilhantar à noite, terá no encerramento a apresentação do Maracatu Baque
Alagoano – grupo
percussivo que existe há três anos e busca difundir músicas de domínio público
extraídas dos folguedos locais, tendo como base rítmica o maracatu.
INCENTIVO
Nota enviada pelo Centro de Cultura e Cidadania Malungos do Ilê – bairro de Bebedouro – Maceió (AL).
CENTRO DE CULTURA E CIDADANIA MALUNGOS DO ILÊ AO LONGO DA CAMINHADA,
PARABENIZAMOS E AGRADECEMOS O CONVITE NA CERTEZA DE QUE OXALÁ RENOVARÁ A
ESPERANÇA DE TOD@S QUE FARÃO PARTE DESTE MOMENTO DE ALEGRIA E VITÓRIA.
AXÉ!"
ALINE JANAÍNA E NEGO JÚNIOR. (COORDENADORES)
PARCERIA
Baque Alagoano se apresenta na abertura do Encontro Estadual
“ORGANIZAÇÃO, FÉ E LUTA”
Cara Sra. Helciane
Nós do Maracatu Baque Alagoano nos sentimos honrados com o convite do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, para participarmos da solenidade de abertura do “I Encontro Estadual dos APNS em Alagoas”.
Para nós, mais do que uma apresentação artística, é o exercício de nossos objetivos enquanto grupo organizado, que visa, dentre outras coisas, “contribuir com a difusão de valores universais como a ética, a paz, a cidadania … os direitos humanos e a democracia”.
O presente convite, na verdade, oportuniza ao Maracatu Baque Alagoano a possibilidade de darmos nossa parcela de contribuição para com um movimento que fomenta e efetiva a promoção da igualdade racial.
Podem contar com nossa participação e apoio. Esperamos que na noite do dia 30 de julho possamos corresponder com a grandiosidade do evento. Pode ter certeza que faremos o nosso melhor.
Gratos pelo convite. Ansiosos pela chegada do evento.
Axé! Graça e Paz!
Cordialmente,
Rômulo Fernandes Silva
Coordenador Administrativo do Maracatu Baque Alagoano
EVENTO
1º Encontro Estadual dos
APNS inicia na sexta-feira
Por: Helciane Angélica S. Pereira
Jornalista, Presidente do Anajô e Coordenadora Estadual
Nesta
sexta-feira (30.07) acontecerá a abertura do 1º Encontro Estadual dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNS) em
Alagoas, a partir das 19h, no auditório da Fundação Municipal de Ação
Cultural (FMAC) – na Av. da Paz, nº 900, no bairro do Jaraguá em Maceió-AL (em
frente à Praça Marcílio Dias). Na ocasião, terá o lançamento do livro “Caminho dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil:
Para Além da História” escrito pelos ativistas Nuno Coelho (SP) e João
Carlos Pio (MG). E no encerramento, uma apresentação do Maracatu Baque Alagoano
– grupo
percussivo que existe há três anos e busca difundir músicas de domínio público
extraídas dos folguedos locais, tendo como base rítmica o maracatu.
Os APNS são
uma entidade nacional que tem como lema “organização, fé e luta”. Vem
conquistado o respeito de outras organizações, por ter contribuindo para a
auto-estima da população afro-descendente, além de atuar junto aos conselhos e
órgãos de várias estâncias na elaboração de políticas públicas.
Em Alagoas, sua
trajetória iniciou na década de 80 e chegou a ter quatro mocambos (núcleos de
base), agora, busca-se fortalecer os APNS no Estado, ampliar o
número de participantes, investir no empoderamento político-cultural, além de
se preparar para os 30 anos da instituição em 2013 – cuja comemoração está prevista
para ocorrer na Serra da Barriga em União dos Palmares, solo sagrado e palco da
resistência negra.
Programação
O
Encontro se estenderá até domingo no Loteamento de Tabuba, localizado na Barra
de Santo Antônio, e contará com a participação dos membros associados do Centro
de Cultura e Estudos Étnicos Anajô (atualmente, é a única entidade vinculada
aos APNS no Estado), integrantes da Pastoral da Negritude da Igreja Batista do
Pinheiro, lideranças dos municípios de União dos Palmares e São José da Tapera,
além de convidados.
Na programação terão as
palestras: “APN´s rumo aos 30 anos –
História, Organização, Fé e Luta: Desafios e resoluções pós Congresso Nacional”,
ministrada por Coordenador Nacional Nuno
Coelho; e “Formação, articulação
política e metas para a próxima década” com os palestrantes Leandro Dias e Herberson
Souza, respectivamente, Coordenador de Formação e Financeiro. Ainda terão
debates, grupos de trabalho, momentos reflexivos (mushakás) e de integração
cultural.
CAPACITAÇÃO
O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô foi convidado e já está com a presença confirmada na atividade abaixo:
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A Petrobras convida sua |
ARTICULAÇÃO
Maceió-AL, 12 de julho
de 2010.
CONVOCATÓRIA
O Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô retornou ao
cenário nacional do movimento negro em novembro de 2009, ao restabelecer o
vínculo com os Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNS). A entidade atuou de
forma expressiva em Alagoas nos anos 80, atualmente, encontra-se presente em 14
estados e mantém viva a missão: “organização, fé e luta”.
Para fortalecer a mobilização local, realizaremos o “I Encontro Estadual dos APNS em Alagoas”
nos dias 30, 31 de julho e 1º de agosto. Dentre os objetivos, estão: fomentar a criação de novos mocambos (núcleos
de base), garantir a viabilização de um projeto político para os APNs de
Alagoas na próxima década e discutir a realização do aniversário de 30 anos dos
APNs, na Serra da Barriga localizada na cidade de União dos Palmares, em março
de 2013.
Gostaríamos de contar com a
participação de todos os membros associados do Anajô e parceiros interessados
em conhecer a história dos APNS, uma entidade que é uma referência nacional. Esse
é mais um momento de trocarmos experiências e conhecimentos, além de ampliarmos
a luta em prol da população afrodescendente!
Axé!
Atenciosamente,
Helciane Angélica Santos Pereira
Presidente do Anajô e Coordenadora Estadual dos APNS
Observações:
·
Contribuição de R$ 10,00 (dez reais)
para cada participante no Encontro Estadual. E todos devem levar roupas de
cama, toalha e produtos de higiene pessoal.
·
É importante confirmar a participação
até o dia 26 de julho (segunda-feira) com a Presidente ou a Secretária de
Finanças do Anajô. Também é importante preencher a ficha de inscrição, que pode ser
encaminhada para o email: mocamboanajo@yahoo.com.br.
REUNIÃO
Direção Nacional dos APNS se reúne na Bahia
Segue até amanhã em
Vitória da Conquista (BA), a segunda reunião ordinária de 2010
da Coordenação Nacional e Conselho Fiscal dos Agentes de Pastoral Negros do
Brasil (APNs).
Estão presentes na reunião o Coordenador Geral, Nuno Coelho, a
Secretária Geral, Rejane Rosa, o Coordenador de Formação, Leandro Dias, o
Coordenador de Comunicação, Claudio Cesar, Coordenador de Finanças, Heberson
Sousa, a Assessora Especial de Juventude, Cinthia Maria além dos conselheiros Helcias Pereira e Márcia
Rangel.
Serão tratados vários assuntos, entre eles a analise de conjuntura
social e política, o planejamento estratégico 2010/2012 entre outros temas.
Fonte: APNS
ARTIGO
O
Estatuto da Igualdade Racial e a Democracia
* Por
Nuno Coelho
A igualdade racial tem sido, há muito tempo, a
razão de nossa caminhada, e do surgimento de tantas entidades de luta e
conscientização antes, durante e após a democratização do Brasil. Por isso,
buscamos de forma democrática e participativa, proposições e saídas para mudar
a história de vida social do povo brasileiro, em sua maioria sem oportunidades
iguais e justas.
Essas
bandeiras de luta nem sempre tem a mesma sintonia de opinião política entre as
entidades e organizações da sociedade, ainda que defensoras da mesma causa
social, o que daria mais efetividade e segurança aos governantes de tornar os
projetos emanados dessa mesma sociedade, ás vezes organizadas, em projetos de
Estado.
O
processo de participação dos movimentos sociais negros passa também por esse
momento de divergências de opiniões e idéias,
o que é legitimo, e deve ser respeitada, ainda que o projeto seja relevante e tenha
um único foco o de beneficiar a todos os cidadãos.
Historicamente
estamos vivenciando mais um capítulo desse processo que já se prolonga por
quase dez anos e que de forma oportuna e democrática foi amplamente debatido em
diversos níveis da sociedade e do governo, hora com mais efusão, hora com menos
calor, porém ele percorreu como todo e qualquer projeto do legislativo os
mesmos caminhos e oportunidades de analise, debate, reflexão, mudanças. O ponto
conflitante sofrerá certamente por parte do executivo os devidos vetos ou não.
Nossa
luta não termina com a assinatura do mandatário da nação, mas inicia –se uma
nova etapa, e para alcançarmos do legislativo confiança o suficiente, será necessário ações concretas e
para que,apoiados em nossa unidade, possamos tornar viável projetos específicos
que não foi efetivado no conjunto do presente Estatuto da Igualdade Racial.
Os
Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) estavam
cientes das diversas modificações que o Estatuto sofreria em sua passagem pelo
Congresso Nacional, o que é natural em se tratando de projetos de leis, e que
infelizmente levou a sua desconfiguração parcial. Ainda assim, acreditamos ser
de suma importância a aprovação dele, de maneira que possamos desfrutar dos avanços mesmo tímidos
diante de nossa luta cotidiana.
O
manifesto veiculado e enviado a cada um dos senadores da república foi amparado
na defesa do texto aprovado em novembro passado na Câmara Federal, entendendo
que seria por diversos diálogos entre parlamento, governo e uma parcela
significativa das reais lideranças do movimento negro brasileiro, ás entidades
que de fato tem história e presença em território nacional.
O
presente Estatuto representa um marco legal que não esgota a necessidade de políticas
para o povo negro, inclusive das questões não contempladas no mesmo. Temos que
celebrar os pontos positivos do estatuto para combater o racismo ainda que não
seja o estatuto dos sonhos é o texto possível e marca uma posição favorável do
Brasil frente as outras nações para defender a oportunidade de ações
governamentais e sociais ao seu povo afrodescendente. Não é saudável ao Brasil,
nem ao nosso povo que está pra além dos movimentos, ficar lutando contra o que
se tem conquistado ainda que não seja o melhor.
* NUNO COELHO, Presidente do
Conselho de Gestão da Coordenadoria de Assuntos da População Negra de São Paulo
e Coordenador Nacional dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil
CARTA/JULHO
CARTA MENSAL 03/2010
São Paulo, 01 de julho de 2010
Prezados/as Quilombolas APNs do Brasil,
Com muita alegria, nos encontramos no início de mais uma jornada de Fé e Luta rumo às conquistas e aos desafios que o momento nos impõe, mas sempre é claro, com o bom espírito combatente e guerreiro dos nossos ancestrais, mártires da nossa história.
O último mês foi bastante árduo para a nossa militância de modo geral, ocasionados pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial no Senado Federal após
uma jornada de longos sete anos de tramitação no Congresso Nacional. Os APNs mais uma vez cumpriram o seu papel de cidadania ao monitorar as políticas públicas, neste caso uma política que ajudamos a escrever ao longo dos anos e acompanhamos passo a passo sua tramitação.
As críticas por mim sofridas diretamente ou reputadas ao conjunto da nossa entidade, não deve nos intimidar por tratar-se de um movimento mobilizado e liderado por setores que sempre foi contrario a qualquer versão do Estatuto da Igualdade Racial. Uma coisa é sermos contrários, e de fato somos e repudiamos na oportunidade, o parecer do relator do PL 213/2003, senador Demóstenes Torres (DEM/GO). Afirmo apenas que uma leitura desatenta e interpretações equivocadas do texto final do Estatuto da Igualdade Racial é que gera esses desconfortos e embates políticos.
Mas não acho que devamos incentivar ou fazermos eco a um movimento desfigurado do pró-veto a um projeto que após 10 anos de luta, da qual fizemos parte, e agora conquistado ainda que 60 artigos apenas, seja descartado da história porque não nos atende na totalidade que desejavamos. Temos que ser no mínimo coerentes com a nossa causa. Para quem conhece o mínimo de política sabe que em nenhuma casa de Leis democrática se tem 100% de vitórias, nem mesmo o governo contaria com esse pleito. Aprendi muito nestes poucos anos acompanhando de perto tanto o Congresso Nacional bem como casas legislativas no Estados e no Município, que o mínimo de concessões se deve fazer para se alcançar o desejado.
Vamos olhar para a frente, o que conseguimos é uma vitória e nos cabe agora a difícil tarefa de fazer o Estado Brasileiro cumprir a integra o presente Estatuto que certamente será sancionado nos próximos dias pelo Presidente da República. O que não nos impede de como entidade nacional legitima e autônoma garantir o aperfeiçoamento dos termos contidos e apresentar novos projetos de leis que julgarmos necessários para a devida emancipação do nosso povo negro.
Meus queridos/as,
Este mês de julho será de muito trabalho, realizaremos finalmente nossa 2ª reunião ordinária da coordenação nacional juntamente com o conselho fiscal e quem nos receberá é nossos quilombolas de Vitória da Conquista na Bahia. O momento será também festivo pois lá faremos o lançamento da pedra fundamental da primeira sede própria dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil, uma conquista dos nossos companheiros/as que deve ser orgulho para todos nós.
Cumpriremos também agenda nos Estados de Goiás, Espírito Santo e Alagoas, os APNs estão em movimento e isso deve ser uma ação continua dos nossos
mocambos.
Aproveito a oportunidade para partilhar com vocês uma grande alegria que estou dividindo com nosso companheiro João Pio, que é o lançamento do nosso livro “Caminhos trilhados pelos APNs do Brasil: para Além da História”. Trata-se da nossa história ao longo dos anos e das nossas ações nos últimos tempos é mais uma forma de marcarmos os 27 anos de nossa luta e deixarmos para os que estão chegando ou se apresentarão no futuro a nossa memória. A agenda de lançamentos é a seguinte: 02/07 Itumbiara-GO – 09/07 Vitória da Conquista-BA – 13/07 São Paulo-SP 16/07 Vitória- ES e 30/07 Maceió-AL.
Meus irmãos/as,
Antes de encerrar nosso diálogo mensal quero mais uma vez me solidarizar com o nosso povo sobretudo alagoano que tem sofrido muito, vitimados com as enchentes dos últimos dias e devastado o pouco que se tem conquistado ao longo dos anos.
Lanço mais uma vez um forte apelo há todos/as que puderem participar das campanhas espalhadas nos Estados. Nossos companheiros/as APNs/AL estão
acompanhando e em nosso nome trabalhando para que a dor daquele povo seja amenizada e a dignidade recuperada na medida do possível.
Um forte abraço e até o mês que vem!
Coordenador Nacional dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil
Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô 